jueves, 18 de octubre de 2018

A Guerra Desnecessaria, Messopotamia Angolana, Ruacana

A Guerra Desnecessaria: A Messopotamia Amgolana, Ruacana (Portugués) Tapa blanda – 14 oct 2018


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A intervenção sul-africana

Entre 14 e 23 de outubro de 1975, uma força composta por 300 homens da SADF (South African Defence Force) penetrou em Angola e crê-se que a ela se tenham unido possivelmente mais 3.000 efetivos da FNLA-UNITA.
Esta operação, conhecida pelo nome de código de Operação Savannah, foi dirigida pelo coronel Breytenbach. As colunas avançaram 1.000 km, tendo chegado às imediações de Luanda.
Esta invasão teve consequências negativas para a África do Sul. Muitos dos países africanos que até então se opunham ao MPLA, como a Nigéria, a Tanzânia, o Gana e o Sudão, acabaram por reconhecer o recém-nomeado governo de Agostinho Neto.
Três meses depois, após alguns combates com as tropas cubano-angolanas, os invasores sul-africanos estavam em retirada pelo mesmo caminho e recebiam ordem de capitulação. Esta ordem foi cumprida a 27 de março de 1976.

Durante o período de 1976-1980, os sul-africanos mantiveram-se na defensiva, tanto política como diplomaticamente, mas deram início a uma presença militar em massa no território da Namíbia. Construíram novas bases militares e desencadearam operações contra a SWAPO (que tinha transferido a sua liderança política de Dar Es Salam para Luanda depois de 1976).
É muito provável que o papel da UNITA se alterasse quando recebeu armas e munições, aparentemente procedentes da China. Possivelmente terá sido este o facto que possibilitou à UNITA continuar com a guerra.

Incrivelmente, a UNITA tinha recebido as suas primeiras armas das mãos da SWAPO, para lutar contra os portugueses. Agora, a UNITA era utilizada para perseguir as forças da SWAPO, enquanto a força aérea sul-africana se dedicava a bombardear as concentrações deste movimento namibiano em território angolano, como aconteceu durante a Operação Reindeer, Cassinga 1978.

É certo que em Cassinga existia uma base militar da SWAPO. Mas também é certo que, juntamente com os guerrilheiros, coabitavam refugiados namibianos (velhos, mulheres e crianças), que sofreram as consequências de um desembarque aerotransportado. Morre mais de meio milhar.

A pressão internacional culminou na resolução no 435 das Nações Unidas, de 1978, a qual definia os passos para a independência da Namíbia. 

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